Fazendo mais uma escala em nossa liturgia, vamos para Quinta-feira Santa, quando ocorrem dois atos. Com estes atos inicia-se o Tríduo Pascal. Pela manhã temos a missa dos Santos Óleos, que também é conhecida como Celebração da Unidade, onde todos os sacerdotes renovam suas promessas sacerdotais. Nesta celebração todos os sacerdotes renovam as promessas que fizeram ao seu bispo no dia da ordenação. Depois deste momento temos a bênçãos dos óleos e a consagração do Santo Crisma, o óleos que será utilizados para a unção dos enfermos e o óleo dos catecúmenos são abençoados e o óleo do Crisma é consagrado. Durante todo o ano serão estes óleos que serão utilizados para a administração dos sacramentos. Neste mesmo dia temos também a Celebração Eucarística da Ceia do Senhor, que faz memória a instituição da Eucaristia, onde Jesus dá o exemplo de serviço e lava os pés dos seus discípulos, e nos diz: “Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”. (Jo 13, 14-15). Depois da Missa da Ceia do Senhor há a transladação do Santíssimo Sacramento para uma capela a parte e a partir deste momento é iniciado um grande silêncio na Igreja, pois Jesus foi ao Getsêmani e foi entregue para ser morto. Ouvimos então o som da matraca para nos lembrar as dores de Cristo sendo pregado na cruz.
Entramos na Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor, neste dia não há missa. Reunimos-nos às 3 horas da tarde, hora que Jesus expiou, para a Celebração da Paixão do Senhor, esta celebração é dividida em três partes, a primeira é a Liturgia da Palavra onde vemos desde o profeta Isaias que o Messias seria ferido por causa dos nossos pecados, com o Salmo 30 respondemos a Palavra de Deus dizendo assim como Jesus: “Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”, lemos o livro de Hebreus a cerca da obediência de Cristo, depois no Evangelho de São João leremos o atento relato da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Terminada a Homilia fazemos as preces. Inicia-se aqui a segunda parte da Celebração, a adoração da Santa Cruz, onde todos somos convidados a irmos ao encontro da Cruz de Cristo pelo meio da qual nos veio a salvação, e com um gesto de respeito, adoração e veneração beijarmo-na. Após este momento, é iniciada a terceira parte da celebração que é a comunhão. Após a comunhão todos se retiram em silêncio. Em alguns lugares, como é o caso da nossa catedral, a procissão do Senhor morto. Neste dia nos é proposto a prática do jejum e da abstinência.
No Sábado Santo, o Senhor assim como a semente confiada a terra repousa no sepulcro a espera da ressurreição. E nós como Igreja somos convidados a velar junto ao túmulo do nosso Senhor. É neste dia que Jesus desce a mansão dos mortos e resgata todos aqueles que lá estavam a sua espera. Jesus resgata desde nosso primeiro Pai Adão, passando por todos os patriarcas e todos os que esperavam n´Ele a sua salvação. Neste dia é um dia sem Assembléia eucarística, este jejum da eucaristia nos prepara para a Festa da Noite de Páscoa. No Sábado a noite temos a Solene Vigília Pascal.
Com a Vigília Pascal começa o Tempo Pascal que vai até o dia de Pentecostes. No Domingo comemoramos a Páscoa do Senhor, o Dia que o Senhor fez para nós, o dia que Ele venceu a morte e o pecado, nos mostrando que é possível sim também para nós. Nos próximos oito dias chamados que Oitava da Páscoa, onde que pela importância da Páscoa, um dia só é muito pouco para celebrarmos a grandiosidade da Festa, por isso temos oito dias, até o próximo domingo para celebramos o dia da ressurreição. Celebremos assim então, pois JESUS CRISTO RESSUSCITOU ALELUIA! SIM VERDADEIRAMENTE RESSUSCITOU ALELUIA!